SABEDORIA MULTIDIMENSIONAL

  Enquanto vivermos de forma mecânica, irrefletida e sem a intervenção consciente da lucidez e do discernimento, nos privaremos de possuir uma mente tranqüila e um coração pacificado. A melhor posição da Vida é a do equilíbrio. Não é justo desejar fazer nem menos, nem mais do que nos compete, mesmo porque o Mestre sentenciou que a cada dia bastam os seus trabalhos. A prudência manda ao homem que estude, pesquise, examine, raciocine e compreenda. A prudência é cheia de sabedoria, de discernimento, de consideração e de serenidade de espírito.

 

  Precisamos adquirir o hábito de dedicar algum tempo ao silêncio da meditação, uma vez que o "olho interior" nos proporciona inúmeras formas de percepção (nós próprios, o mundo, a Natureza e Deus); enfim, ver o fundo e não apenas a superfície das coisas. O sábio é aquele que desenvolveu a capacidade sapiencial de comparar, avaliar e ponderar as idéias com a precisão dos cientistas, com a generosidade dos benfeitores, com a sensibilidade dos poetas, com o bom senso dos filósofos, com a naturalidade das crianças e com o desprendimento dos que amam sem condições.

  Quem educa as ideias está servindo como médico de si mesmo, está tomando medicamentos bem indicados para todos tipos de males, está vivendo mais, porque começará a sentir a própria felicidade. Iniciemos a nossa transformação agora. A Espiritualidade Superior nos estimula a manter contato profundo e significativo com nossa força interna, a fim de que possamos nos familiarizar com a "voz da consciência", ou seja, prudência.

 

  É bom notar o valor da vigilância, para que o corpo e a mente não sofram o castigo da imprudência. Portanto, se queremos sofrer menos, ou estruturar uma saúde perfeita, vamos dar as mãos na disciplina dos sentimentos, pesquisar a nós mesmos, analisar todas as escolas de educação da mente que, no ambiente da prece sincera, saberemos escolher a que mais nos agrada, e que oferecerá melhores frutos.

  Paulo também nos fala da prudência. Examinai tudo, retende o que for bom. (lTs, 5:21). A vigilância é sempre a eterna âncora da alma, apoiada no fundo do mar tempestuoso da mente, a nos garantir a tranqüilidade, disciplinando uma profusão de pensamentos diários, de maneira a serem úteis no seu campo de ação.